Saturday, September 27, 2008

Meu interesse em restauração e ecologia


Tenho feito reformas de casas desde 1968, quando fiz uma reforma geral da casa de meus pais na rua Atlântica, 318, em São Paulo, uma casa construída na década de 40 do século passado.
Quando eu reformei a casa fui descobrindo pontos de luz abandonados em reformas anteriores, portas fechadas e uma série de outros pequenos detalhes que me levavam a fazer um verdadeiro trabalho de detetive para descobrir o que eram, que função tinham e o porque haviam sido abandonados.

Reformei a casa sede da Fazenda Guatapará, o Palacete, e lá também, tive de investigar plantas antigas e indícios da construção original. O mesmo se deu nas reformas da Casa da Fazenda da Usina Tamoio (Araraquara) e da Usina Monte Alegre (Piracicaba).

Mas aonde eu me dediquei mais foi na reforma da casa que eu possuo em São Paulo, na rua Avaré, 31 (Pacaembu).

Esta casa foi construída em 1937 por meu avô, José da Silva Gordo para sua filha mais velha Carolina e seu marido José Barretto Dias. Foi construída no recém aberto loteamento da Cia. City no Pacaembu.

Em 1926, vovô Gordo construiu para sua família uma casa no último lote da rua Pará, na esquina com a rua Ceará. Bem na esquina ele fez um belvedere, de onde ele avistava o Fazenda dos Jesuítas e o córrego do Pacaembu.

A casa de tia Carolina foi construída no terceiro lote à esquerda da rua Avaré, bem em frente do belvedere.

Meus tios moraram nesta casa até morrerem. Tia Carolina, a última a morrer, morou lá até março de 2003, e seu velório foi realizado na casa.

Me mudei para a rua Avaré em outubro de 2003. Como meu pai se encontrava doente, tive que dedicar mais tempo no Brasil e precisava de uma casa para o período em ficava em São Paulo e meus primos me ofereceram a casa que se encontrava vazia.

De julho de 2003 até hoje tenho feito um trabalho intenso de restauração da casa.

A primeira coisa que fiz foi abrir três janelas que avistavam a casa da rua Pará. Minha avó Calu, controlava a vida de meus tios e meus primos das janelas de sua casa e tia Carolina, cansada da "espionagem", fechou na reforma que fez em 1958 essa três janelas. Duas eram na sala de visitas e foram transformadas em nichos para bibelots. A terceira era no quarta de meus tios e foi fechada com um painel de madeira que cobria toda uma parede.

Por sorte, as janelas foram mantidas pelo lado de fora e esse trabalho foi bastante simples.

Como ninguém possuia uma planta de hidráulica ou de elétrica, mesmo porque a casa foi recebendo acréscimos e pequenas reformas os seus quase 70 anos de existência, tive de fazer um levantamento da construção com muita paciência.

Foi um verdadeiro trabalho de detetive refazer a parte elétrica e a hidráulica.

Foi nessa resturação que comecei a me preocupar com a economia de recursos disponíveis, como água, luz, gaz, etc.

Para começar, plantei mais de 20 árvores no jardim, ipês, quaresmeiras, palmeiras de todas as procedências, trepadeiras e vasos, muitos vasos, de todos os tamanhos.

O que eu acabei de vez foi com o gramado. Para manter a área de absorção do solo, coloquei seixos rolados nas áreas anteriormente ocupadas pela grama.

Minha primeira preocupação foi fazer um jardim que precisasse pouca irrigação e para essa irrigação transformei uma caixa d'água subterrânea, construída embaixo da garagem, em uma cisterna de captação de água da chuva. A água armazenada na cisterna é usada também para a lavagem da calçada e do caminho para carros.

Nos banheiro, coloquei privadas com caixa d'água acoplada em substituição das válvulas Hidra, famosas pelo desperdício de água.

Pensei em fazer um sistema de aproveitamento da água usada em pias, chuveiros e lavanderia (graywater), mas a reforma já estava muito adiantada e teria sido preciso destruir parte do que já havia sido feito.

O que pude substituir de eletricidade por gás eu substitui. Hoje minha água é aquecida por gás e minha secadora de roupas é a gás.

Gostaria de ter utilizado energia eólica e solar mas ainda não cheguei, lá.

Mas fiquei com uma boa idéia de como uma construção moderna tem que ser feita e tudo o que eu estudei em termos de ecologia e restauração, eu vou colocar aqui neste blog para ajudar todos aqueles que pretendam construir ou reformar suas casas.

Wednesday, September 24, 2008

Blog do New York Times

O New York Times acabou de criar um blog ligado à Ecologia.

Aqui vai o endereço para vocês: http://greeninc.blogs.nytimes.com/

Espero que gostem.

Carros movidos a hidrogênio


Hoje no New York Times saiu uma reportagem sobre o futuro do hidrogênio como combustível automotor.

O artigo de Jad Mouawad fala da instalação da primeira bomba de hidrogênio, num posto Shell no Santa Monica Boulevard em Los Angeles.

Como sempre, a discussão era se deveriam desenvolver e fabricar primeiro os carros de hidrogênio ou se deveriam pensar primeiro em fabricar a nova frota.

Com a alta do preço do petróleo e a aceitação (finalmente) que algo vai ter que ser feito para evitar a poluição produzida pela exaustão dos motores de explosão, resolveram agora partir para um lançamento paralelo.

A Shell resolvei agrupar os novos postos de abastecimento em grandes centros urbanos, como Los Angeles, Berlim e Tokio.

Por sua vez, a Honda vai fazer o lease de 200 veículos do recém desenvolvido FCX Clarity. Esses carros que usam uma célula de combustível para gerar energia para um motor elétrico, vai custar US$600,00 por mês.

Mas ainda existe um caminho imenso a ser precorrido.

As montadoras são vão conseguir produção em massa dos veículos com a nova tecnologia em cerca de 10 anos. Até lá, a produção será artezanal. Elas acreditam também que existem outras possibilidades, como o uso de bio-diesel e baterias de litium.

As companhias distribuidoras de energia reclamam que o custo de se implantar uma infra-estrutura será enorme.

Mas todos concordam que o uso do hidrogênio oferece uma forma de energia limpa que não pode ser ignorada.

E o público está interessado nessa tecnologia: quando a Honda anunciou o seu programa de lease dos veículos a hidrogênio, mais de 50.000 pessoas se registraram no oferta feita on-line.

A Honda planeja coloocar em linha de produção até 2018. A GM tem o objetivo de colocar 100 carros usando hidrgênio nas estradas nos próximos anos, a maioria no sul da California. Outras montadoras como a Ford, a Volks, a BMW e a Daimler (ler Mercedes Benz) estão desenvolvendo protótipos.

O National Research Council (parte da National Academy of Sciences) calcula que até 2020 as montadoras poderão estar vendendo cerca de 2 milhões de carros movidos a células de hidrogênio, o que representaria apenas 1% da frota americana. Depois disso, seriam 60 milhões até 2035 e 200 milhões até 2050.

Não seria possível substituir os mais de 170.000 postos, os milhões de quilômetros de dutos e milhares de caminhões-tanque que formam uma rede de distribuição que levou mais de um século para ser desenvolvida. Mas a GM acredita que uma rede de distribuição de hidrogênio pode ser construida em grandes cidades por uma fração do custo da substituição de toda a rede de distribuição. Num estudo lanado em dezembro passado que se forem construídas 12.000 postos de distribuição de hidrogênio nas 100 maiores cidades, 70% dos americanos teriam um posto à disposição num raio de menos de 4 quilómetros, abastecendo uma frota de um milhão de carros. Uma rede inicial de 40 postos em Los Angeles seria suficiente nos primeiros estágios da implantação.

Entre as vantagens do veículo movido a hidrogênio, está uma maior autonomia e um abastecimento em minutos, contra as horas necessárias para se recarregar uma bateria de um carro elétrico.

Para a implantação deste modelo, porém, será necessário que todos estejam de acordo e sigam um mesmo projeto.


Fonte: PUMPING HYDROGEN by Jad Mouawad - New York Times, Business of Green,
Wed, Sep 24, 2008