Wednesday, September 24, 2008
Carros movidos a hidrogênio
Hoje no New York Times saiu uma reportagem sobre o futuro do hidrogênio como combustível automotor.
O artigo de Jad Mouawad fala da instalação da primeira bomba de hidrogênio, num posto Shell no Santa Monica Boulevard em Los Angeles.
Como sempre, a discussão era se deveriam desenvolver e fabricar primeiro os carros de hidrogênio ou se deveriam pensar primeiro em fabricar a nova frota.
Com a alta do preço do petróleo e a aceitação (finalmente) que algo vai ter que ser feito para evitar a poluição produzida pela exaustão dos motores de explosão, resolveram agora partir para um lançamento paralelo.
A Shell resolvei agrupar os novos postos de abastecimento em grandes centros urbanos, como Los Angeles, Berlim e Tokio.
Por sua vez, a Honda vai fazer o lease de 200 veículos do recém desenvolvido FCX Clarity. Esses carros que usam uma célula de combustível para gerar energia para um motor elétrico, vai custar US$600,00 por mês.
Mas ainda existe um caminho imenso a ser precorrido.
As montadoras são vão conseguir produção em massa dos veículos com a nova tecnologia em cerca de 10 anos. Até lá, a produção será artezanal. Elas acreditam também que existem outras possibilidades, como o uso de bio-diesel e baterias de litium.
As companhias distribuidoras de energia reclamam que o custo de se implantar uma infra-estrutura será enorme.
Mas todos concordam que o uso do hidrogênio oferece uma forma de energia limpa que não pode ser ignorada.
E o público está interessado nessa tecnologia: quando a Honda anunciou o seu programa de lease dos veículos a hidrogênio, mais de 50.000 pessoas se registraram no oferta feita on-line.
A Honda planeja coloocar em linha de produção até 2018. A GM tem o objetivo de colocar 100 carros usando hidrgênio nas estradas nos próximos anos, a maioria no sul da California. Outras montadoras como a Ford, a Volks, a BMW e a Daimler (ler Mercedes Benz) estão desenvolvendo protótipos.
O National Research Council (parte da National Academy of Sciences) calcula que até 2020 as montadoras poderão estar vendendo cerca de 2 milhões de carros movidos a células de hidrogênio, o que representaria apenas 1% da frota americana. Depois disso, seriam 60 milhões até 2035 e 200 milhões até 2050.
Não seria possível substituir os mais de 170.000 postos, os milhões de quilômetros de dutos e milhares de caminhões-tanque que formam uma rede de distribuição que levou mais de um século para ser desenvolvida. Mas a GM acredita que uma rede de distribuição de hidrogênio pode ser construida em grandes cidades por uma fração do custo da substituição de toda a rede de distribuição. Num estudo lanado em dezembro passado que se forem construídas 12.000 postos de distribuição de hidrogênio nas 100 maiores cidades, 70% dos americanos teriam um posto à disposição num raio de menos de 4 quilómetros, abastecendo uma frota de um milhão de carros. Uma rede inicial de 40 postos em Los Angeles seria suficiente nos primeiros estágios da implantação.
Entre as vantagens do veículo movido a hidrogênio, está uma maior autonomia e um abastecimento em minutos, contra as horas necessárias para se recarregar uma bateria de um carro elétrico.
Para a implantação deste modelo, porém, será necessário que todos estejam de acordo e sigam um mesmo projeto.
Fonte: PUMPING HYDROGEN by Jad Mouawad - New York Times, Business of Green,
Wed, Sep 24, 2008
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